A história do ano bissexto remonta à antiguidade, quando as civilizações antigas observaram a necessidade de ajustar seus calendários para corresponder ao ciclo solar, que dura aproximadamente 365,25 dias. A introdução do ano bissexto tinha o objetivo de compensar o descompasso entre o calendário civil e o movimento da Terra em torno do Sol.
Os primeiros registros de um sistema de anos bissextos datam da época dos antigos egípcios, por volta de 2400 a.C. Eles observaram que adicionando um dia extra a cada quatro anos, o calendário ficava mais próximo do ano solar.
No entanto, o sistema de anos bissextos usado pelos egípcios não era tão preciso. Na época do imperador romano Júlio César, em 45 a.C., o calendário romano estava desajustado em relação às estações do ano. Para resolver esse problema, César introduziu o Calendário Juliano, que continha um ano bissexto a cada quatro anos.
O Calendário Juliano foi usado por muitos séculos, mas ainda não correspondia perfeitamente ao ano solar. O cálculo de 365,25 dias era um pouco maior do que o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol. Isso resultou em um pequeno descompasso ao longo do tempo.
Para corrigir esse desvio, em 1582, o Papa Gregório XIII instituiu o Calendário Gregoriano, que é o calendário utilizado atualmente na maior parte do mundo. O Calendário Gregoriano ajustou o sistema de anos bissextos para ser mais preciso.
De acordo com o Calendário Gregoriano, um ano bissexto ocorre a cada quatro anos, exceto nos anos múltiplos de 100 que não são múltiplos de 400. Essa regra refinada ajuda a manter o alinhamento do calendário com o ano solar com maior precisão.
Desde então, o sistema de anos bissextos tem sido utilizado para garantir que o calendário civil corresponda às estações do ano e mantenha um alinhamento próximo com o movimento da Terra em torno do Sol.