imagem: canva.com e wikipedia

Vimos que há formas de enganar uma sociedade ou um grupo dela utilizando a Estatística, mesmo com resultados verdadeiros. Nesta 2ª parte, veremos que uma das formas de enganar ou manipular é utilizando uma amostra tendenciosa.

Observe o caso a seguir:

Qual é a maior torcida de futebol do Espírito Santo?

Só há uma forma exata para essa resposta: perguntar a todos os torcedores capixabas. Mas evidentemente não é perguntando a todos que se obtém o resultado de uma pesquisa. Existe uma maneira bem mais fácil de conseguir uma resposta aproximada: selecionando uma amostra que represente o grupo. Neste caso, os torcedores do Espírito Santo. Se essa amostra for grande o bastante e escolhida de forma apropriada representará bem os torcedores do Estado do Espírito Santo. Caso contrário será uma amostra tendenciosa, ou seja, uma amostra específica que não representa a realidade do grupo inteiro e transmite uma conclusão errada, seja voluntaria ou involuntariamente.

Exemplo: Se escolhêssemos os torcedores do município de Itapemirim, certamente um número bem mais alto de pessoas que torcem para o Atlético Itapemirim. Se os torcedores pesquisados fossem os de Cachoeiro de Itapemirim, o Estrela do Norte seria o favorecido, assim como o Real Noroeste em Água Branca.

Outros tipos de pesquisas têm influência não apenas na região em que a pesquisa está sendo realizada. Para que a amostra não seja tendenciosa, cada variável deve ser observada, como por exemplo, a causa social, o espectro político, gênero, idade, etc..

Na parte 3, veremos como enganar estatisticamente utilizando utilizando uma média conforme seus próprios interesses.